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sábado, março 03, 2012

Relato do parto

Gui completou 3 meses no último dia 29/02 e eu ainda não tinha falado sobre o parto, mas isso tem um motivo: Gui nasceu prematuro por conta de umas complicações que tive. Tudo que eu tinha planejado saiu diferente...


Se vocês tiverem paciência, aí vai...


          Depois de trinta dias sentindo dores insuportáveis (começaram no dia 30 de outubro de 2011) e sem dormir, eu já estava quase enlouquecendo, pelo menos, essa era a sensação que eu tinha. Depois da fisioterapia para tentar amenizar as dores, depois de saber que Doutor Telmo iria viajar por duas semanas no fim da minha gravidez, depois de toda a falta de atenção, interesse e carinho por parte de Riva, chegou o dia da consulta com Doutor Telmo depois da viagem.
            A partir da trigésima terceira semana de gestação, sempre que tinha uma consulta com o obstetra, minha pressão arterial subia: não sei exatamente o motivo, só sei que subia.
            Como já estava com trinta e sete semanas de gestação e minha pressão não baixava durante as consultas, Doutor Telmo pediu que eu fizesse exames de urina, sangue e ultrassom no hospital para garantir que estava tudo bem. Pelo meu desespero diante da dor, perguntei se o parto não poderia ser realizado durante aquela semana: “Eu não vou tirar o menino por causa da sua dor não. Quem já passou por cinco semanas de dor, agüenta mais uma; ninguém morre de dor. E pra que arriscar perder o menino tirando antes do tempo? Você não ia querer perder o menino só por causa de uma semana né?”
            Fui para a Unimed com mainha e Ernesto e Riva, para variar, não foi. Fiz os exames de urina e sangue rapidinho... Esperei mais de três horas para fazer a ultrassom... Já estava nervosa, com fome, cansada, desejando a “Coxinha do Junior” (vendida em frente ao hospital) quando a médica iniciou o exame: “Não tá bom não aí pra ele viu? Isso não tá bom não”. Meu coração disparou, fiquei ainda mais agitada... a médica falou que eu estava com pouquíssimo líquido amniótico e que não estava nem conseguindo ver tudo do bebê. Do nada, entrou Doutor Telmo na sala e isso me assustou ainda mais, porque ele nunca assistiu a nenhum exame meu e estava lá vidrado no monitor. Para não me deixar ainda mais nervosa, ele nem deu valou ao que a médica estava falando e continuou a olhar o monitor. A ultrassom demorou quase uma hora e eu já estava com meu coração disparado. Doutor Telmo olhou para mim e falou que o parto seria no outro dia de manhã; até aí eu não estava percebendo a gravidade do problema e aceitei (como assim, aceitei? Eu não tinha o poder de decidir nada). Saí da sala de exames e Doutor Telmo continuou lá.
            Fora da sala, Doutor Telmo anunciou: “Vai ser hoje viu?”. A minha reação foi de desespero porque foi aí que percebi a gravidade: “Oxe, eu não quero hoje não. Deixe pra amanhã”. “É hoje viu? Mas onde é que eu vou operar se aqui não tem vaga? Maceió está um caos.” A partir daí foi só nervosismo... Doutor Telmo anotou meu telefone e pediu que eu esperasse.
            “Consegui uma vaga na Santa Casa. Vá para casa, se arrume, pegue as coisas e vá pra lá que eu chego às 8 (20 h).” depois de uma breve pausa, ele olhou para mim e falou: “Não vá pra casa não. Vá direto pra lá porque só tem uma vaga e lá é tudo muito complicado”. Eu não pude nem chorar porque a mainha ficaria ainda mais nervosa. Liguei para o Riva e para tia Ana do caminho e falei que Gui nasceria naquela noite. O acerto desde o dia em que eu soube que estava grávida era que o Riva assistiria ao parto e ficaria ao lado do bebê até que ele viesse para mim. Como conheço muito bem o Riva e sei que ele seria capaz de mais essa decepção, liguei para Roberta (a fisioterapeuta e vizinha) e perguntei se ela queria assistir ao parto. Combinamos que ela iria para o hospital com o Ernesto e todas as malas que já havíamos organizado para a maternidade. Liguei também para a moça que faria os bem nascidos e, durante o trajeto, um filme da minha gravidez passou pela minha cabeça.
            Já no hospital, eu não estava me contendo de tanto nervosismo. Descobri que a vaga que Doutor Telmo estava querendo não era para mim e sim para Guilherme, caso ele precisasse, ou seja, uma vaga na UTI Neonatal.
            Durante o procedimento de internação, quase chorei na recepção quando a atendente afirmou que eu ficaria na enfermaria por conta do meu plano de saúde; não sei se ela se comoveu, mas cedeu um quarto – menos uma preocupação. Já no quarto 143, veio a confirmação de que Riva me decepcionara mais uma vez: ele não assistiria ao parto e Roberta assumiu o papel.
            A caminho do centro cirúrgico, eu só orava para que tudo acabasse bem. O medo da anestesia estava me consumindo e eu sabia que não poderia mexer o corpo durante sua aplicação. Já no centro cirúrgico, a minha pressão estava em 150 x 110 e eu não conseguia me acalmar. No momento de colocar o soro fisiológico na mão esquerda, quase piro. Dra Larissa, a anestesista, ouviu meus lamentos pelo medo de me mexer durante a aplicação, mas logo me acalmou dizendo que a única coisa que aconteceria era demorar mais se eu me movesse. Sentada, pescoço curvado para baixo, chegou o momento: “Martha, tudo que eu fizer vou te dizendo certo?” e eu já estava cantando em silêncio a música que me acompanhou durante toda a gravidez, “Ressucita-me” de Aline Barros. Pela primeira vez na minha vida, eu consegui abstrair algo e me concentrar em outra coisa; lembro de ter cantado a música três vezes e ouvir um “Você foi muito bem Martha, não se moveu” e o alívio.
            Já deitada e anestesiada, vi que alguém da equipe se aproximou de mim e pensei que ela estava começando a “cortar”: “Já vai cortar é?” e levantei como se estivesse deitada na cama de casa – o desespero em pessoa. Era só a assistente fazendo a higiene para o procedimento. Doutor Telmo chegou e fiquei aliviada, em breve meu Gui estaria em meus braços. Como já havia pedido antes, Doutor Telmo pensou que poderia fazer, mas não teve jeito; a cicatriz da minha cirurgia era muito alta e ele teria que fazer outro corte: “eita Doutor Telmo, eu vou ficar parecendo uma boneca de pano, toda retalhada”.
            Não sei ao certo por quanto tempo Doutor Telmo conversou, mas lembro que ele reclamou da falta de algum medicamento, comentou sobre a viagem para Curitiba e Foz do Iguaçu e comecei a sentir enjôos. Por três vezes avisei à anestesista e ela aplicou algum remédio no soro. Lembro de ter cochilado também. Num dado momento, ouvi a voz do Doutor Telmo: “Meu Deus, não tinha mais líquido. Ainda bem que eu não esperei pra amanhã” e aquilo foi me desesperando ainda mais. No momento em que ele tirou Guilherme, pelo menos eu acho que foi nessa hora, ouvi ainda “Quem foi que disse que ele não era um meninão cumprido?” Mas Gui não chorou. Também não me mostraram o meu filho: “Cadê ele?”
            Já acordei na sala de recuperação, olhando o relógio e querendo ver meu filho. A impressão que tive era que os ponteiros estavam congelados e o único movimento da sala era o bip do monitor cardíaco. Depois de uma eterna espera a enfermeira o trouxe e perguntei por que não tinham me mostrado o Gui na sala de parto. Gui chegou todo arrumadinho, com a roupinha que comprei verde e branca, e eu me encantei... Fiz um carinho em sua cabeça bem peludinha, a enfermeira o colocou no meu peito e nem esperou que eu o segurasse ou que ele conseguisse sugar... O levou enquanto eu estava me recuperando; ele nasceu pesando 2.995 kg e com 47 cm. Fomos para o quarto quase à meia noite. Lembro de ter me apaixonado por Gui no primeiro momento.
            O período em que ficamos na maternidade foi tenso porque a glicemia de Gui estava baixa e ele teve que tomar complemento (leite artificial). O primeiro exame acusou 42, depois 47, caiu para 46 e o último, chegou em 57 graças a Deus. Na verdade, ele só tomou o copinho de 20 ml uma vez e isso me confortava porque era a prova de que ele não estava sentindo fome. Mesmo assim, a pediatra de plantão receitou “Tintura de algodoeiro” para aumentar a produção de leite materno e eu comecei a tomar. Do nada, mainha olhou para mim e falou: “lembra que você falou que estava com medo de não conseguir amar o seu filho?” e meus olhos se encheram de lágrimas e me arrependi de tudo que senti naqueles dias que descobri que estava grávida de um menino.
            Saímos do hospital no dia três de dezembro a partir dali eu realmente comecei a viver.

Esta foto foi tirada minutos antes de ir para o centro cirúrgico. Dá para perceber o meu desespero?

segunda-feira, dezembro 05, 2011

GUI NASCEU

DEPOIS CONTO MAIS DETALHES, MAIS MEU PEQUENO GRANDE HOMEM NASCEU!!!





FELICIDADE TOTAL!!!

terça-feira, novembro 22, 2011

36ª semanas

Como você está:


Você achou que esse dia nunca chegaria? Mas aí está: você está no nono mês e em poucas semanas seu bebê estará em seus braços. Seupeso deve estar aumentando de 300 a 500g por semana. Nas consultas, o médico deverá examinar seu colo uterino, para verificar se já está se dilatando, anunciando a chegada doparto. Por mais difícil que seja, procure dormir ou pelo menos descansar, para que você esteja bem no dia do parto.

O que está acontecendo com o bebê: 

Nas últimas semanas de gravidez, geralmente em uma das duas que antecedem o parto, o bebê se encaixa na bacia. Se esta é sua segunda gestação, o encaixe pode ocorrer só na hora do parto. Ele está completamente formado e, até o nascimento, permanecerá ganhando peso e crescendo no útero. Gordurinhas se acumulam em seu corpo, formando dobrinhas no pescoço, na cintura e nos braços.

Como tudo vai acontecer:


É bom ter uma idéia de como será o trabalho de parto. Essa experiência é diferente para cada mulher - mais difícil para algumas, fácil para outras. Há três estágios no trabalho de parto, embora para você parecerá um só. No primeiro, o colo dilata e o bebê desce pela bacia. No segundo, a dilatação está completa e ele será “puxado” pelo canal de nascimento. No terceiro, a placenta e as membranas são expelidas. Converse com seu médico com antecedência sobre a possibilidade de você amamentar seu filho logo após o nascimento.

Alguma pendência?


Se você ainda tem qualquer tipo de pendência pessoal ou profissional para resolver antes do parto, é bom se apressar. Mesmo que suas obrigações estejam em processo de conclusão, deixe-as organizadas ao final de cada dia, de modo que você possa facilmente passá-las adiante em caso de necessidade. A qualquer momento, você pode precisar correr para a maternidade.


quinta-feira, novembro 17, 2011

35 semanas

Como você está:


A barriga está pesando. Se você passa parte do dia em pé ou precisa caminhar com freqüência, cintas próprias para a sustentação da barriga podem fazê-la sentir-se melhor. O ideal é que, neste momento, tudo já esteja pronto:maternidade escolhidaquarto do bebê pronto e até detalhes de locomoção para o hospital já planejados, para quando você entrar em trabalho de parto. Tenha sempre em mãos os telefones de seu médico. Deixe os números também com seus familiares.

O que está acontecendo com o bebê: 

O espaço no útero está bastante reduzido para o bebê. Ele já não tem a amplitude de movimentos que possuía e qualquer movimento que faça se depara com as paredes do útero. Porém, o empurra-empurra contra essa superfície fortalece a musculatura dele.

O que é trabalho de parto?


É um conjunto de contrações do útero que abre o colo e permite a saída do bebê, da placenta e das membranas. O que provoca o trabalho de parto ainda não foi completamente desvendado, mas se acredita que são as mudanças hormonais responsáveis pela maior parte. Se você acha que está em trabalho de parto, ligue para o médico e diga: 
- se sua bolsa estourou
- se teve algum sangramento
- quando começaram as contrações; 
- qual a freqüência das contrações; 
- qual a duração das contrações; 
- quanto tempo vai levar para chegar à maternidade. 


quinta-feira, novembro 10, 2011

34 semanas

Como você está:


A ansiedade, o cansaço e especialmente as alterações de humor são grandes nessa fase. Altos e baixos são normais, mas se os momentos difíceis forem freqüentes e fortes demais, avise seu médico, já que algumas mulheres desenvolvem depressão durante a gravidez.

O que está acontecendo com o bebê:

Trinta e quatro semanas depois da última menstruação, o bebê está perfeitamente formado. Sua camada de gordura está aumentando, de modo a facilitar a regulagem da temperatura do corpo depois do nascimento. O bebê nascido nessa fase ainda é tido como prematuro, mas se nascer nessa fase, tem 99% de chance de sobreviver.

Fique pronta!


O dia do parto está chegando. Suas visitas ao médico já devem ter se tornado quinzenais e, em breve, serão semanais. Pergunte a ele em que momento deve telefonar se achar que está em trabalho de parto. Ele fará exames para ver a dilatação do colo do útero. A dilatação é a abertura gradual do colo, medida em centímetros. Dez centímetros são considerados uma abertura completa e grande o suficiente para o nascimento do bebê. 

quinta-feira, novembro 03, 2011

33ª semana

Como você está:
Inúmeras vezes ao dia, você deve sentir os deliciosos, e às vezes doloridos, chutes do seu bebê. Se passar muitas horas sem notá-los, procure comer alguma coisa doce e se deitar - o bebê responde rapidamente à glicose que chega em seu organismo. Se não houver reação ou se você achar que as respostas do bebê estão demasiadamente discretas, comunique seu médico.

O que está acontecendo com o bebê: 
O cérebro do bebê continua crescendo muito, aumentando, por conseqüência, o tamanho da cabeça. Seu crânio é bastante flexível, de modo a facilitar a saída no momento do nascimento. A esta altura, os olhos têm uma pigmentação (em geral, provisória), que costuma ser azul.

Faça as malas
É hora de deixar pronta a mala da maternidade. Veja o básico que você e o bebê devem levar: 


Mamãe 
3 pijamas/camisolas 
1 robe 
3 sutiãs de amamentação 
6 calcinhas grandes 
1 chinelo 
bolsinha de cosméticos, com xampu, condicionador, escovas de cabelo e de dentes, absorventes (caso a maternidade não forneça) e o que mais você estiver acostumada a usar 

6 bodies 
6 culotes 
6 macacões 
2 casaquinhos (se ele nascer no inverno) 
3 fraldinhas de boca 
3 mantas 
sapatinhos (se os macacões não tiverem pé) 


Pressão alta sem explicação

Estamos com 33 semanas e minha pressão está alta. O obstetra solicitou vários exames com urgência; fiz todos e, GRAÇAS A DEUS, está tudo normal. O que incomoda o médico é ver que a pressão está alta sem causa, a menos que seja por conta da ansiedade (99,9% de chances). Como ele é direto e reto, disse logo que isso não tem nada a ver com pré eclâmpsia e não atrapalha em nada o parto normal.
Bom, no dia 28/10 comecei a tomar o remédio e algumas coisas aconteceram depois disso. Vamos aos fatos:

28/10: nenhuma reação
29/10: nenhuma reação
30/10: acordei com nariz e gengiva sangrando um pouco. À noite, tive dores horríveis de chorar nas costas (gases).
31/10: à noite tive dores, mas desta vez, sufocada sem conseguir respirar
01/11: acordei com poucas dores, pouco de gases, mas tive que tomar começar a tomar Tylenol para dormir. Fui ao obstetra como combinado e, depois de contar tudo a ele, ele ficou de retirar a medicação; ao verificar minha pressão, estava mais alta que antes do remédio e, mesmo sentindo todas as reações adversas, não pode suspender. Dia 05/11 tenho outra consulta.
02/11: acordei com o nariz sangrando demais, chegou a sair coágulos várias vezes durante a manhã. Dores insuportáveis à noite e comecei a tomar Tylenol.
03/11: PRIMEIRO DIA TOTALMENTE BEM, MAS COM TYLENOL
04/11: